sábado, 16 de janeiro de 2021
Olhando a cidade
A vida num momento
Olho a cidade
ruas cobertas de sol e cinza
olho para o céu
e as nuvens se esparsam
passos andam para alguma direção
sem saber,
sem saber o que encontrarão
o som das buzinas
despertam os que estão dormidos
Ouço as vozes reprimidas
A velocidade dos veículos, o tempo a correr
e eu a recordar,
recordar os tempos que não voltam
O coração que aperta
a vontade de correr pelas avenidas,
de perguntar o porquê de tudo isso
É fechar os olhos
e tudo é diferente…
ao abrir sentir, querer a mudança
e os pensamentos me levam a você
A ânsia por mais união,
paz à todos.
Quando não havia o olhar distante e triste,
o medo em cada gesto,
a incógnita na fala sem dizer
Só pegue as minhas mãos
me leve para viajar no tempo
reconstruir, moldar os sonhos
despertar para que não adormeça
A esperança não poderá faltar
alento, luz e vida a cada um
Fim da tarde
e as palavras se desfazem e refazem
nesta tentativa...
as pessoas e suas histórias
não as abandonemos, jamais
Quando tudo era distinto
e o sol tinha outro brilhar
quando é preciso repensar, reviver,
recomeçar, juntar as peças, as forças
porque os vapores, as canções, as gerações, trilhas
convidam a seguir
para nos encontrarmos